quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Comentário de dia 21 de Novembro


O Microsoft PowerPoint é o programa informático mais utilizado para edição e exibição de apresentações gráficas no sistema operacional Windows. Ele permite, de uma forma simples, criar apresentações gráficas, dispondo de processamento de textos, estrutura de tópicos, esquemas automáticos, modelos, desenhos, assistentes, gráficos e vários tipos de ferramentas que ajudam e simplificam a expressão de ideias através das apresentações.

Actualmente o domínio do PowerPoint tornou-se fundamental, visto que grande parte das apresentações feitas em escolas, faculdades e reuniões utilizam slides projectados, feitos com esta ferramenta, para melhor ilustrar as ideias que estão a ser apresentadas pelo orador.

É neste ponto, no domínio que o Microsoft Power Point está a ter sobre quase todo o tipo de apresentação de informação nos mais variados locais e sobre os mais variados temas, e as suas consequências, que o texto de Eduardo Tufte se centra.

De facto, a ferramenta Power Point não é a primeira a ser utilizada para apresentação de informação, já que antes haviam outro tipo de projectores de informação. No entanto, o programa da Microsoft veio provocar uma espécie de revolução nesta área tornando-se rapidamente numa ferramenta fundamental em qualquer computador.

Esta situação preocupa Eduardo Tufte, e em certos pontos temos de concordar com os seus pontos de vista: o PowerPoint torna o discurso, muitas vezes, comercial, fazendo parecer que quem está a efectuar a apresentação está a querer vender um produto (e no fundo pode ser essa a intenção); no entanto, e na nossa opinião só se não for bem utilizado, Tufte aponta ainda a este programa o estar a fazer com que, em vez de serem ensinados a formular frases e textos, os alunos de muitas escolas sejam imbuídos a formular chavões e frases de conteúdo minimizado.


A situação, defendida por Tufte, é rapidamente explicada pela observação do PowerPoint dar mais importância à imagem, às cores, no fundo a todo o aspecto gráfico, que à relevância da informação.

Na nossa análise aqui se situa o cerne da questão: o Power Point é um competente e eficaz projector de informação mas o seu correcto uso deve ser o de complementar uma apresentação e nunca tornar-se ele a própria apresentação. Tal como defende Eduardo Tufte, se esta regra não for respeitado estamos a ignorar um dos pontos fundamentais do discurso: respeitar a audiência.

Não podemos permitir que, como alguns investigadores defendem, a ferramenta nos estupidifique e nos “mutile” a compreensão. Não podemos permitir que o PowerPoint esconde as debilidades de um orador que nada tem para dizer.

Apenas quebrando estes constrangimentos e fazendo uma boa aplicação do Microsoft PowerPoint podemos respeitar-nos a nós e à audiência complementando o nosso discurso com uma apresentação dinâmica e interactiva da informação.

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